Esta semana foi bem incomum para mim. Tomei uma rotina de caminhos muito diferente, vi e conheci pessoas muito diferentes. E isso acabou rápido mesmo. Talvez tenha sido tão bom quanto eu pensava. Na verdade eu só não pensava que fosse tão doloroso morar tão longe da elite cultural.
Destino: Gávea
De onde quer que eu partisse seria longe. E essa semana serviu para eu perceber o quanto a Ilha do fundão é próxima, e muito menos cansativa para sair da minha realidade e ir até lá todos os dias. Para fechar com chave de ouro, hoje eu tive que fazer um caminho diferente e pegar um trem. E ao contrário do que pensei levei mais tempo, e foi ruim. acho que peguei um Japeri da vida, sem ar condicionado, a porta não fechava, os vagões não tinham circulação de ar e eu suei. Tenho que mencionar que estava lotado?
E ontem para completar saí de casa sob a chuva, molhando meu pé (a esta altura tudo soa como reclamação) para ir até o Engenhão assistir ao jogo Botafogo X Volta Redonda, jogo o qual foi péssimo. Ótimo.
E após chegar em casa com a moral da derrota pude dormir e pegar o trem cheio que já mencionei. Preciso mencionar também que tive que pegar ainda um metrô quase tão lotado quanto e ainda um ônibus, o qual eles cismam em chamar de metrô na superfície, ainda que não ande pelos trilhos e pereça no tráfego da hora do rush como qualquer outro coletivo.
O mais incrível é que chegando no meu destino, após duas horas de viagem, a PUC estava sem luz, e o último dia do curso que eu iria fazer não aconteceu. Mas eu não fiquei chateada por isso, a semana toda foi da mesma maneira (tirando o trem) e, valeu a pena. Mudei minha visão que tinha do lugar e aprendi sobre Física dos Grãos. Eu também não sabia que existia! Vendo agora acho que me esforcei bastante para acompanhar e para fazer com carinho aquilo que me propus. Ao contrário de quase todas as pessoas.
Mas a minha real motivação para escrever isso foi a grande decepção que tive ao ouvir piadinhas sobre minha empreitada ao Engenhão. E eu tive certeza de uma coisa: Botafogo, eu te amo!
3 comentários:
Um dia eu te convenço de que não estava implicando com você?
Te amo.
Eh... nada como o cotidiano, ele fala por si só... parabéns Érica, a narrativa do seu épico está muito boa. bjãoo.
"e eu suei..." curioso pensar que a supervia teve um papel ativo na construção da sua experiência nesse dia e, consequentemente, desse texto envolvente. Gosto da forma crua como você escreve (ou escrevia?), sem muita firula... estabelece uma relação mais próxima com o leitor.
peace out!
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