sábado, 22 de março de 2008

PROIBIDO pela Relatividade


Depois de tanto tempo sem ninguém postar aqui estou postando agora uma inutilidade (aparentemente para alguns). Estou aqui para falar um pouco de um filme que assisti no final do dia 29 de dezembro de 2007. Provavelmente eu guardo a data por que eu tenho tendência a lembrar de inutilidades ou por que eu gostei muito do filme. Eu sei que é a segunda opção, mas a primeira é a mais pura verdade.

Bem, essa palavra está muito na moda ultimamente. Desde que começou a aparecer em músicas, em assuntos ligados à neurologia e até em questões sobrenaturais.

Sabe aquele sentimento/sensação que você tem quando está fazendo alguma coisa, passando por algum lugar ou falando com alguém e de repente parece que você já fez aquilo? Você não sabe onde fez, com quem fez e nem por que fez, mas você sabe que aquilo já aconteceu. A explicação para isso é dada em termos neurológicos mas constantemente é associado ao mundo sobrenatural: algo que ocorreu em outra vida, e que de certa forma faz parte da nossa memória. Estou falando da palavra Dejà vu, que é uma expressão da língua francesa e língua frísia que significa já visto (literalmente).

O filme Dejà Vu passou despercebido por mim muitas e muitas vezes na locadora. Sempre que via imaginava que fosse algum filme de ação que falasse de corrupção policial. Não sei o porquê. Até que um dia eu fui até a locadora e como não tinha nada que me chamasse mais atenção eu aluguei o filme e realmente não esperava nada de diferente. E se tornou... o melhor filme do ano para mim, aquele que chega bem no final do jogo.

Dejà Vu é um filme com uma estrela (Denzel Washington no papel principal) mas não conta com nenhum elenco grandioso e nem efeitos incríveis. Mas a história é realmente muito boa e foi capaz de me entreter durante o filme inteiro. A história mistura conhecimentos científicos reais, uma tecnologia um tanto apelativa para os dias atuais e a história de um policial que tenta resolver um crime quase perfeito.

Bem, talvez essa expressão “quase perfeito” dê uma sensação de filme repetitivo, mas não quero aqui fazer nenhuma resenha sobre o filme. Gostaria apenas de ressaltar uma parte muito interessante. Acontece quando um cientista membro da equipe que desenvolveu o programa que é capaz de obter as imagens do passado explica como é possível isso acontecer. Ele pega uma folha de papel comum e une duas de suas pontas, formando uma curva. De uma maneira bem “grosseira” ele diz que aquela folha poderia ser a curva espaço tempo, e que as extremidades opostas seriam passado e futuro, os quais podem se tornar paralelas. Ou seja, pode-se observar algum fato que aconteceu no passado, estando no futuro, porém esse fato passado comporta-se como se estivesse ocorrendo paralelamente ao que o programa transmite (uma as pontas opostas da folha de papel). É exatamente o que acontece quando o detetive Doug Carlin (Denzel Washington) e a equipe que desenvolveu o programa estão observando Paula Patton (Claire Kuchever) no passado, enquanto esta tem a sensação de está sendo observada por eles.

Em relação ao título, é uma referência à um fato do filme muito curioso que acontece quando a experiência de viagem no tempo é feita com um bilhete de papel e em seguida com um homem, o próprio Doug. Isso certamente é uma ciência para a nossa viagem atual, ou melhor, uma “viagem” para nossa ciência atual. Um tanto distorcida ainda. Mas seria muito interessante acontecer.

Aqui segue o link do trailer de Dejà Vu:

http://www.youtube.com/watch?v=4iHOykX472k