sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A gente perde o acento, mas a ideia continua

Todos sabem que com o passar do tempo algumas coisas caem. Até na ortografia. Agora, chegou a vez do acento agudo, que nas palavras paroxitonas com ditongos abertos (alguém que entenda de português me corrija se eu estiver errado.) não será mais utilizado.

Por conta disso - e na tentativa de estar sempre atento às mudanças e em acordo com as transformações -, o NoveIdeias sofre uma pequena alteração. De fato, as IDEIAS mudam - mas o perfil do blog continuará o mesmo.

Desde o dia 1º de Janeiro de 2009, o Brasil e os outros seis (ou sete, não sei ao certo) países cuja língua oficial - ou pelo menos uma delas - é o Português têm novas regras ortográficas - e mais: uma única maneira de grafar as palavras.
Obviamente, não será fácil reaprender a escrever. Tem gente que é contra e tem gente que é a favor. Mas se é inevitável, por que adiar? É melhor se acostumar o mais rápido possível.

E não dava para ser tão pego de surpresa assim. O novo acordo ortográfico já havia sido definido há algum tempo e vinha sendo 'negociado' há alguns anos, além de ter sido amplamente divulgado nos meios de comunicação.

Além disso, virão também os novos dicionários - antes, erradamente chamado 'pai dos burros' e, hoje, pai de todos. Escrever corretamente vai depender do esforço de cada um.

8 comentários:

one man band disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Emmanuel do Valle disse...

só sei que sou fã do acento diferencial (aquele que caiu em 71).

de qualquer forma, achei bastante ilustrativo êste nôvo post sôbre a reforma ortográfica.

abs!
emmanuel

Érica Azevedo disse...

Eu realmente não tinha pensado nisso (que idéia perderia o acento agudo). Acho que palavras como Vêem, por exemplo (quando citadas no plural) também perderam o acento circuflexo.

Unknown disse...

As línguas variam e isso é muito mais normal do que possamos imaginar. Mas a variação de uma língua tem limites. Na fala, ela pode ocorrer, sem problemas, desde que não haja problemas na comunicação. Mas quando estamos no âmbito da produção escrita, as variações lingüísticas não são bem vistas, pois são consideradas erro, pois fogem à norma padrão da língua.

A escrita exerce fator importante na conservação da língua. É através do que está escrito que a língua fica documentada e é com a escrita que podemos hoje verificar o quanto nossa língua se modificou através dos anos.

Não é a primeira vez que há mudanças na ortografia da língua portuguesa e com certeza essa não será a última modificação. Mas apesar disso, todos continuamos falando a mesma língua e todos continuamos nos entendendo. Por que? Porque mudam-se as grafias das palavras mas não os significados. O significado que está por trás da simples e pura grafia de uma palavra é muito mais importante. Não importa se escrevo chave ou xave; o que importa é o significado ao qual esta grafia nos remete.

Essa reforma, em especial, serve para unificar os paises lusófonos, pois há (ou havia) muita diferença na grafia das palavras. E isso não pode acontecer. Se estamos no âmbito da fala, aí sim é permitida a variação e esta é muito evidente, visto que um brasileiro fala muito diferente de um português ou de um angolano. E se defendemos o uso de uma mesma língua por povos tão diferentes, haveria de haver então um ponto em comum pelo menos nos escritos.

A questão é a seguinte: falamos todos a mesma língua, mas escrevemos (ou escrevíamos) de maneira diferente. Tomemos como exemplo o espanhol. Sabe-se que é uma língua falada em 21 países e que há muitas diferenças dialetais, mas todos escrevem da mesma forma. E quando digo que escrevem da mesma forma, não digo que possuem o mesmo léxico. Cada país possui a sua variação lingüística no momento de representar o mesmo mundo, mas que se faz entender e que entende escritos vindos de outros países, pois compartilham o mesmo idioma. Um mexicano pode ler Pablo Neruda ou Miguel de Cervantes, pois reconhecerá nestes a língua espanhola. Mas poderá um português ler Jorge Amado sem sentir algum desconforto?! Por isso, sou a favor da reforma ortográfica. São novos laços que se estreitam entre nós, falantes de português do mundo inteiro. É uma porta que se abre. Os lusófonos finalmente irão se entender por completo. É verdade que todos teremos que reaprender algumas regras, mas isso é uma etapa pela qual teremos que passar, pois a ideia (já sem acento, para nos acostumarmos) a longo prazo trará bons frutos para os países envolvidos em tal processo. Ganham os povos dos países envolvidos, ganha a Língua Portuguesa, e ganha a Literatura em língua portuguesa de todos os países que falam a língua de Camões.

Unknown disse...

O post acima foi um texto q escrevi sobre o processo há meses atrás...

Agora, hoje penso que realmente será dificil me acostumar com a nova grafia, ainda mais eu que estudo Letras; serei mto cobrado e a verdade é que Ortografia não se estuda na faculdade...

Logo, vou ter q me virar. Não dou conta nem da Ortografia atual. E aliás, quem dá?! A Ortografia da lingua Portuguesa é super complexa.

É nessas horas que eu prefiro o espanhol... ^^'

Alecrim disse...

Só sei que fiquei muito sentida.. mesmo.. Ideia foi uma das primeiras palavras que aprendi a acentuar, que ensinei para os coleguinhas.. como dói ter que escreve la hj sem o acento.. que lembrava até uma lampadazinha em cima. =[
Rss Mas é isso..

Volto mais vezes viu?
Abraço ^^.

Érica Azevedo disse...

Oi Fionna! espero que volte sim! Obrigada pelo comentário.

Rafael Oliveira disse...

Concordo com o Rodrigo, é nessas horas que penso no español, que possui umas 7 regras [me corrijam se eu estiver errado] contando com os acentos diferenciais.... Ou mesmo o inglês que não tem regra de acentuação alguma! hehehehe

Mas pensando bem, essa mudança será menos dolorosa do que para as pessoas que passaram pela reforma de 1971, que acredito eu ter sido bem mais radical.

Abços.