quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Estrada para 2011


Há muito tempo sem passar por aqui, há muito tempo sem escrever. Estou até escrevendo direto na página de postagens, coisa rara, porque sempre me perco. Mas agora vai assim mesmo. Bateu a vontade de escrever depois que li um blog perdido nesse ciberespaço companheiro. Hum... companheiro? Não sei se é companheiro bom ou ruim, às vezes está mais para estrada de perdição e faz até com que meu coração fique bem pequenininho (nossa! quanto tempo que não escrevo a palavra pequenininho!). Ás vezes me abre um mundão assim, ó, cheio de oportunidades. Ás vezes não tenho vontade nem de lembrar que isso aqui existe.
Esse ano não foi bom. Definitivamente. Não só olhando pra dentro de mim, mas olhando para o mundo. Alguns desastres naturais, outros desastres sociais e uma perda para a ciência. É triste. Espero então, com aquelas promessas de fim de ano, que o próximo ano seja melhor. E estou sentindo que será melhor, coisa que não senti ano passado. Estou apontando para a fé e remando. Só isso. Feliz 2011 para todos. E que eu passe mais por aqui.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

RELIGIÃO E VOTO

Neste vídeo, o apresentador de um programa de uma tv católica levanta questões fundamentais (não se trata SOMENTE de aborto, união entre pessoas do mesmo sexo). Entre elas, a relação do indivíduo que tem fé em determinada doutrina e as leis do país. A relação deste indivíduo e os outros cidadãos.

Não é sermão. É lição de cidadania. A mensagem que fica é: Eleição não é guerra religiosa. Deve-se pensar no bem comum. Vai muito além do que pensa essa candidata ou aquele sobre temas religiosos.

http://www.youtube.com/watch?v=EmBEVi7Vkxo&feature=player_embedded#!

domingo, 3 de outubro de 2010

Para ler (de verdade) e refletir

Se puder ou tiver vontade, leia este artigo, publicado no site do Estado de São Paulo. É para nós refletirmos. É uma excelente contribuição aos cidadãos minimamente preocupados com a democracia e com o direito dos menos favorecidos.

Foi escrito por Maria Rita Kehl.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101002/not_imp618576,0.php

Desculpa pelo incômodo.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Simplificar para quê, né?

Para muitos, já é difícil sair num domingo votar. Ainda mais com os candidatos à (nossa?) 'disposição'. Não satisfeitos, tratam de confundir ainda mais o processo. Antes, Valia o título. Agora, só com com título e documento com foto. De repente, só documento com foto. É. De nada vale o título em 2010 (isso mesmo!). Odeio dizer isso, mas tem coisas que só acontecem no Brasil.

Isso, no entanto, não deve diminuir a importância do voto. Ir às urnas é, ao mesmo tempo, direito e dever. E como tal, deve ser exercido com toda liberdade e clareza. Já espero ansioso os resultados das urnas. Depois de muita polêmica nos jornais e revistas, do céu de brigadeiro e do mundo negro das propagandas eleitorais, dos chatos e frios debates (que favorecem os candidatos de situação) e de muitas, muitas pesquisas, enfim o brasileiro dará sua palavra final.

Existe também a ansiedade lá fora, por conta da disputa presidencial. Mas a chegada do dia 3 de outubro significa, mais do que nunca, alívio. Fica a esperança de quatros de avanço. Eu vou tentar fazer minha parte. Que o Brasil ajude.

OBS: Por que ainda não pensaram em colocar foto no título de eleitor, hein? Francamente… De qualquer forma, levem o título para saber a sua seção eleitoral.

OBS2: Esse Windows Live Writer funciona mesmo. Incrível. Consigo postar sem entrar no blog. Bill mandou bem nessa…

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A 'Moda Obama' no Brasil


Eleições, como parece ser de costume, não cativam muito os mais jovens. Hoje em dia, nem os mais velhos talvez. Até pela falta de um candidato carismático aos cargos do Executivo. De todo modo, é impressionante como a cada horário eleitoral, a qualidade (não me refiro a propostas, ideias) aumenta mais.

As que acompanhei parecem mais documentários. Músicas, fotografias, edições, recursos gráficos, enfim. Os filmes, agora mais do que nunca, dos partidos mais ricos merecem um reconhecimento. Se não dá para convencer com palavras, vamos à imagem e ao som. O apelo à emoção. Provavelmente, um efeito do jeito Lula de fazer propaganda política.

No entanto, o que me chamou a atenção mesmo - e há bastante tempo eu queria escrever isso aqui - é a influência de campanhas estrangeiras, mais especificamente a americana, nestas eleições brasileiras. Além do Twitter, usado por todos os candidatos embora vá ter pouco efeito prático no número de votos, e da arrecadação de recursos pela internet, de pouco êxito até então, é incrivel a semelhança entre as campanhas de Dilma e Obama.

Não só pelo ineditismo das candidaturas (um negro; uma mulher) ou pelo favoritismo. Mas pela logomarca. Alguns outros blogs já devem ter comentado sobre isso e só tive tempo de falar agora. Seria falta de criatividade? Cópia?


Pelo visto, mais do que presidente, Obama virou tendência. É a última moda em fazer campanha. Só que os jovens daqui não aderiram ainda, parece.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quando eu crescer...


Quando eu crescer, quero fazer coisas que até então não conseguia fazer. Quero realizar todos os meus desejos juvenis. Ver TV até tarde, comprar brinquedos, tomar sorvete até não aguentar mais, ler livros de adultos, estudar Freud, escutar MPB, tocar piano, ser os pais que eu tive.

Quando eu crescer, quero escrever como o Rubem Fonseca, mas não sobre mortes e dívidas das sociedade para comigo, pois delas os jornais estão cheios. Ademais, elas não caberiam nem na bíblia. Quero escrever sobre o cotidiano, sobre cada mundinho construído por cada pessoa que eu conheço ou conhecerei. Pessoas sim preencheriam páginas inteiras de um velho caderno, com incríveis histórias e muitas lições aprendidas depois de errar. Ou você acha que viemos aqui a passeio?

Precisamos evoluir. Mente e espírito só o fazem quando em vida realizamos algo para o próximo sem o intuito de alimentar nossa vaidade. Chega, preciso refletir e me reciclar. Tenho que encontrar um novo jeito de viver de agora em diante, pois não quero ser apenas o que já fui um dia. Quero ser melhor.



Fonte: Imagem (internet)
Colaborou: Rafael Barbosa

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Os Musicais e Eu


Nunca escrevi sobre cinema, mas confesso: jamais gostei de musicais. Nem em teatro, nem no cinema, muito menos em séries de TV. Porém um dia, em meio ao estresse de fazer a minha monografia, resolvi me aventurar numa das mais recentes séries americanas contemporâneas: “Glee”. A princípio, por conta do meu descrédito pelos musicais, quase desisti de assisti-la. Passados dez minutos, a curiosidade não me deixou parar. Hábito que continuei cultivando, apesar de ter chegado ao fim a 1ª temporada. E afirmo: mudei minha opinião quanto aos musicais.

Com o fim da faculdade, o tempo começou a ser menos escasso. E foi num fim de semana em que aproveitei para adiquirir um terno adequado para minha formatura, resolvi passar em uma loja de departamentos e comprei alguns filmes em DVD. Mesmo antes de assisti-los, um deles me chamou bastante a atenção: “Cantando na Chuva” (Singin’ in the Rain) um clássico musical de 1951, que ocupada a 10ª posição entre a lista dos 100 Melhores Filmes do American Film Institute.

Ao assistir a esta obra de arte do cinema mundial, vários insights me foram provocados, dentre os quais o mais imperativo e relevante fato ocorrido no desenvolvimento do cinema mundial: a substituição dos filmes mudos pelos filmes falados. Esta grande mudança no cenário cinematográfico é retratado através de um romance, de cenas hilárias e muitos números musicais. Os personagens e atores Genne Kelly, David O´Connor, Debbie Reynolds e Jean Hagen, encenam esta grande história do cinema mundial, com muito riso, amor, diversão e principalmente dança. Isso porque apesar de feito em 1951, o filme remete aos bons e velhos tempo de Hollywood dos anos 1920, que em meio a grande crise econômica, vê a inserção de novas tecnologias como a possibilidade haver sons nos filmes que até então eram mudos e a trilha sonora feita separadamente para o filme. Aliado a tudo isso, a viabilidade do sincronismo entre som e imagem e o contraponto de não saber como gravá-lo. Surgindo então como saída e foco principal das cenas a música.

Outros dois pontos merecem ser destacados neste filme. O primeiro são os efeitos especiais tanto das maravilhosas danças e as particulares canções do mundo embrionário do show biz na época. O segundo é a dublagem, que passa a ser feita a partir do momento em que a reclamona personagem Jean Hagen – que apesar de ser a grande estrela do cinema mudo, era dona de uma voz sem qualquer vocação para o cinema falado – acaba sendo dublada pela afinada e talentosa Debbie Reynolds.

Sem dúvidas vale à pena conferir este grande clássico do cinema mundial, e não tenho pretensões de contar aqui toda a história do filme. Por isso, faço o convite para que assistam e aproveito para registrar aqui algumas informações para os que desejam conhecer melhor a Obra:

Título Original: Singin'in The Rain
Gênero: Musical
Origem/Ano: EUA/1951
Direção: Gene Kelly / Stanley Donen

Elenco:
Gene Kelly..........Don Lockwood
Donald O'Connor.....Cosmo Brown
Debbie Reynolds.....Kathy Selden
Jean Hagen..........Lina Lamont
Millard Mitchell....R. F. Simpson
Cyd Charisse........Dancer
Douglas Fowley......Roscoe Dexter
Rita Moreno.........Zelda Zanders

Prêmios: Golden Globe Award de Melhor Atar Cômico (Donald 0'Connor). Indicações para o 0scar de Melhor Atriz Coadjuvante (Jean Hagen) e Trilha Sonora.

[Ao som de "Sunrise, Sunset" de Sheldon Harnick e Jerry Bock]

sábado, 24 de abril de 2010

Start: Comics!

Capa da 1ª aparição do Super-Homem, 1938

Após mais de três meses sem novas postagens decidi postar uma coisa que acabei de ler no portal do msn. Talvez não seja do conhecimento de vocês, mas sou fã de histórias em quadrinhos. Comecei lendo Turma da Mônica , depois passei a ler X-men, Conan, Sonja, Mulher-Maravilha e ultimamente tenho lido até Superman e Homem-Aranha. Este último confesso que não gostava, mas tem umas histórias muito boas. Gostaria de poder ler mais. Bem, a reportagem a que me refiro é sobre uma revista rara, de 1938, que relata a primeira aparição do Super-Homem. A revista foi arrematada por U$1,5 milhões, o que equivale a R$2,64 milhões de reais. O nome do arrematador não foi revelado. Restam apenas cem exemplares dessa revista e na época era vendida por U$0,10.

domingo, 17 de janeiro de 2010

O despertar da primavera


"O Meu vício é você, e não vai parar"



Com uma atmosfera efervescente do fim do século XIX começa o musical "O Despertar da primavera". Algo como A Primavera dos povos (1848) com os ideais de Hair e um toque de Curtindo a vida adoidado. Mas não pense que há só felicidade nessa história.

É surpreendente ver como a versão brasileira do musical da Brodway baseado na peça do alemão Frank Wedekind não perde nada para a versão americana. O teatro brasileiro conta com ótimos jovens talentos e isso pode ser observado de quinta à domingo no Teatro Villa-Lobos.
Tudo no musical inspira o ambiente repressor da Alemanha de 1891, as angústias dos jovens em um cenário com muros de pedra que transmite a sensação de distanciamento e aprisonamento.

Os personagens se encontram à beira de uma explosão de sentimentos; é a curiosidade, o descontentamento, o medo no ar. A peça foi escrita pelo dramaturo Frank Wedekind em 1891, mas foi encenada apenas uma vez devido aos seu forte conteúdo para a época. Em 1952 a peça foi levada pela filha de Wedekind, e encenada pela segunda vez desde 1891, em Chicago. Em 2006 a peça estreou no circuito alternativo da Brodway, sendo vencedora do Tnoy Awards de 2007 em diversas categorias, inclusive melhor musical.

Recentemente foi divulgado que O despertar da primavera (Spring Awakening, em inglês) virará filme , produzido pela Warner com estreia prevista para 2010.


A peça é constituída de dez atores e dez atrizes jovens e um casal de atores que intepretam todos os personagens adultos da história. Desde os pais dos adolescentes, ao diretor da escola e professores.

O cenário é bastante simples, sendo montado e desmontado pelos atores durante as cenas. São constituídos de móveis de madeira como cadeira e bancos, com um muro ao fundo, onde se "esconde" uma banda que toca durante todo o musical. Ao contrário de prestigiados cantores, nessa peça não há dublagem, e os atores se arriscam à não desafinar durante duas horas de espetáculo. E, realmente, não desafinam. Parece que o objetivo dos autores Charles Möeller e Cláudio Botelho era envolver a plateia e trazer o público para os sentimentos dos personagens. Logo na primeira cena observa-se a angústia da personagem Wendla ao perguntar à mãe de onde vem os bebês. Mas não pense que a peça se detem à questionar a educação sexual dos jovens no século XIX. Durante o espetáculo se toca em assuntos como suicídio, abuso sexual e homossexualidade.Com cenas fortes o espetáculo nos faz pensar como teria sido encenar essa peça em pleno século XIX.

No saguão do teatro há algumas fotos que inspiram o ambiente da peça e que fazem parte de uma revista que é vendida lá mesmo. As fotos conseguem capturar toda a emoção dos personagens e nos faz crer que o teatro brasileiro está muito bem servido. Vida longa aos musicais!
Leia mais em http://www.moellerbotelho.com.br/acervo/o-despertar-da-primavera

Vídeo da versão americana do musical no Tony Awards:



Vídeo de trechos da versão brasileira: