Nunca escrevi sobre cinema, mas confesso: jamais gostei de musicais. Nem em teatro, nem no cinema, muito menos em séries de TV. Porém um dia, em meio ao estresse de fazer a minha monografia, resolvi me aventurar numa das mais recentes séries americanas contemporâneas: “Glee”. A princípio, por conta do meu descrédito pelos musicais, quase desisti de assisti-la. Passados dez minutos, a curiosidade não me deixou parar. Hábito que continuei cultivando, apesar de ter chegado ao fim a 1ª temporada. E afirmo: mudei minha opinião quanto aos musicais.
Com o fim da faculdade, o tempo começou a ser menos escasso. E foi num fim de semana em que aproveitei para adiquirir um terno adequado para minha formatura, resolvi passar em uma loja de departamentos e comprei alguns filmes em DVD. Mesmo antes de assisti-los, um deles me chamou bastante a atenção: “Cantando na Chuva” (Singin’ in the Rain) um clássico musical de 1951, que ocupada a 10ª posição entre a lista dos 100 Melhores Filmes do American Film Institute.
Ao assistir a esta obra de arte do cinema mundial, vários insights me foram provocados, dentre os quais o mais imperativo e relevante fato ocorrido no desenvolvimento do cinema mundial: a substituição dos filmes mudos pelos filmes falados. Esta grande mudança no cenário cinematográfico é retratado através de um romance, de cenas hilárias e muitos números musicais. Os personagens e atores Genne Kelly, David O´Connor, Debbie Reynolds e Jean Hagen, encenam esta grande história do cinema mundial, com muito riso, amor, diversão e principalmente dança. Isso porque apesar de feito em 1951, o filme remete aos bons e velhos tempo de Hollywood dos anos 1920, que em meio a grande crise econômica, vê a inserção de novas tecnologias como a possibilidade haver sons nos filmes que até então eram mudos e a trilha sonora feita separadamente para o filme. Aliado a tudo isso, a viabilidade do sincronismo entre som e imagem e o contraponto de não saber como gravá-lo. Surgindo então como saída e foco principal das cenas a música.
Outros dois pontos merecem ser destacados neste filme. O primeiro são os efeitos especiais tanto das maravilhosas danças e as particulares canções do mundo embrionário do show biz na época. O segundo é a dublagem, que passa a ser feita a partir do momento em que a reclamona personagem Jean Hagen – que apesar de ser a grande estrela do cinema mudo, era dona de uma voz sem qualquer vocação para o cinema falado – acaba sendo dublada pela afinada e talentosa Debbie Reynolds.
Sem dúvidas vale à pena conferir este grande clássico do cinema mundial, e não tenho pretensões de contar aqui toda a história do filme. Por isso, faço o convite para que assistam e aproveito para registrar aqui algumas informações para os que desejam conhecer melhor a Obra:
Título Original: Singin'in The Rain
Gênero: Musical
Origem/Ano: EUA/1951
Direção: Gene Kelly / Stanley Donen
Elenco:
Gene Kelly..........Don Lockwood
Donald O'Connor.....Cosmo Brown
Debbie Reynolds.....Kathy Selden
Jean Hagen..........Lina Lamont
Millard Mitchell....R. F. Simpson
Cyd Charisse........Dancer
Douglas Fowley......Roscoe Dexter
Rita Moreno.........Zelda Zanders
Prêmios: Golden Globe Award de Melhor Atar Cômico (Donald 0'Connor). Indicações para o 0scar de Melhor Atriz Coadjuvante (Jean Hagen) e Trilha Sonora.
[Ao som de "Sunrise, Sunset" de Sheldon Harnick e Jerry Bock]
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Os Musicais e Eu
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Rafael Oliveira
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