"O Meu vício é você, e não vai parar"
Com uma atmosfera efervescente do fim do século XIX começa o musical "O Despertar da primavera". Algo como A Primavera dos povos (1848) com os ideais de Hair e um toque de Curtindo a vida adoidado. Mas não pense que há só felicidade nessa história.
É surpreendente ver como a versão brasileira do musical da Brodway baseado na peça do alemão Frank Wedekind não perde nada para a versão americana. O teatro brasileiro conta com ótimos jovens talentos e isso pode ser observado de quinta à domingo no Teatro Villa-Lobos.
Tudo no musical inspira o ambiente repressor da Alemanha de 1891, as angústias dos jovens em um cenário com muros de pedra que transmite a sensação de distanciamento e aprisonamento.
Os personagens se encontram à beira de uma explosão de sentimentos; é a curiosidade, o descontentamento, o medo no ar. A peça foi escrita pelo dramaturo Frank Wedekind em 1891, mas foi encenada apenas uma vez devido aos seu forte conteúdo para a época. Em 1952 a peça foi levada pela filha de Wedekind, e encenada pela segunda vez desde 1891, em Chicago. Em 2006 a peça estreou no circuito alternativo da Brodway, sendo vencedora do Tnoy Awards de 2007 em diversas categorias, inclusive melhor musical.
Recentemente foi divulgado que O despertar da primavera (Spring Awakening, em inglês) virará filme , produzido pela Warner com estreia prevista para 2010.
A peça é constituída de dez atores e dez atrizes jovens e um casal de atores que intepretam todos os personagens adultos da história. Desde os pais dos adolescentes, ao diretor da escola e professores.
O cenário é bastante simples, sendo montado e desmontado pelos atores durante as cenas. São constituídos de móveis de madeira como cadeira e bancos, com um muro ao fundo, onde se "esconde" uma banda que toca durante todo o musical. Ao contrário de prestigiados cantores, nessa peça não há dublagem, e os atores se arriscam à não desafinar durante duas horas de espetáculo. E, realmente, não desafinam. Parece que o objetivo dos autores Charles Möeller e Cláudio Botelho era envolver a plateia e trazer o público para os sentimentos dos personagens. Logo na primeira cena observa-se a angústia da personagem Wendla ao perguntar à mãe de onde vem os bebês. Mas não pense que a peça se detem à questionar a educação sexual dos jovens no século XIX. Durante o espetáculo se toca em assuntos como suicídio, abuso sexual e homossexualidade.Com cenas fortes o espetáculo nos faz pensar como teria sido encenar essa peça em pleno século XIX.
No saguão do teatro há algumas fotos que inspiram o ambiente da peça e que fazem parte de uma revista que é vendida lá mesmo. As fotos conseguem capturar toda a emoção dos personagens e nos faz crer que o teatro brasileiro está muito bem servido. Vida longa aos musicais!
Leia mais em http://www.moellerbotelho.com.br/acervo/o-despertar-da-primaveraÉ surpreendente ver como a versão brasileira do musical da Brodway baseado na peça do alemão Frank Wedekind não perde nada para a versão americana. O teatro brasileiro conta com ótimos jovens talentos e isso pode ser observado de quinta à domingo no Teatro Villa-Lobos.
Tudo no musical inspira o ambiente repressor da Alemanha de 1891, as angústias dos jovens em um cenário com muros de pedra que transmite a sensação de distanciamento e aprisonamento.
Os personagens se encontram à beira de uma explosão de sentimentos; é a curiosidade, o descontentamento, o medo no ar. A peça foi escrita pelo dramaturo Frank Wedekind em 1891, mas foi encenada apenas uma vez devido aos seu forte conteúdo para a época. Em 1952 a peça foi levada pela filha de Wedekind, e encenada pela segunda vez desde 1891, em Chicago. Em 2006 a peça estreou no circuito alternativo da Brodway, sendo vencedora do Tnoy Awards de 2007 em diversas categorias, inclusive melhor musical.
Recentemente foi divulgado que O despertar da primavera (Spring Awakening, em inglês) virará filme , produzido pela Warner com estreia prevista para 2010.
A peça é constituída de dez atores e dez atrizes jovens e um casal de atores que intepretam todos os personagens adultos da história. Desde os pais dos adolescentes, ao diretor da escola e professores.
O cenário é bastante simples, sendo montado e desmontado pelos atores durante as cenas. São constituídos de móveis de madeira como cadeira e bancos, com um muro ao fundo, onde se "esconde" uma banda que toca durante todo o musical. Ao contrário de prestigiados cantores, nessa peça não há dublagem, e os atores se arriscam à não desafinar durante duas horas de espetáculo. E, realmente, não desafinam. Parece que o objetivo dos autores Charles Möeller e Cláudio Botelho era envolver a plateia e trazer o público para os sentimentos dos personagens. Logo na primeira cena observa-se a angústia da personagem Wendla ao perguntar à mãe de onde vem os bebês. Mas não pense que a peça se detem à questionar a educação sexual dos jovens no século XIX. Durante o espetáculo se toca em assuntos como suicídio, abuso sexual e homossexualidade.Com cenas fortes o espetáculo nos faz pensar como teria sido encenar essa peça em pleno século XIX.
No saguão do teatro há algumas fotos que inspiram o ambiente da peça e que fazem parte de uma revista que é vendida lá mesmo. As fotos conseguem capturar toda a emoção dos personagens e nos faz crer que o teatro brasileiro está muito bem servido. Vida longa aos musicais!
Vídeo da versão americana do musical no Tony Awards:
Vídeo de trechos da versão brasileira: