Menos impactado com a escolha do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos de 16, agora sim é o momento de emitir uma opinião mais ‘equilibrada’ e menos emocional sobre o tema, a começar pelos preocupantes acontecimentos recentes na cidade.
Em edição recente do jornal “O GLOBO”, me espantei ao ler que nada mais nada menos do que 8 (OITO) órgãos foram criados até o momento para acompanhar e controlar a aplicação de recursos. Um exagero, provavelmente. É realmente necessário ter tantas instituições fiscalizadoras? A meu ver, alguns estão jogando para a platéia, tentando tomar a frente na causa da transparência por motivos menos nobres.
Seria muito bom acreditar que as TODAS autoridades têm vontade sincera em preservar o bem público, o imposto pago pelo povo. Mas essa corrida pela bandeira da transparência nos Jogos de 16 – que pode sim resultar em uma nova mentalidade na administração pública – pode gerar uma grande confusão. Alguns desses órgãos não são necessariamente autônomos, independentes. Caso haja valores divergentes entre eles, em quem acreditamos?
Além do discurso da responsabilidade fiscal, foram veiculadas nos jornais, claro, as carências de infra-estrutura do Rio de Janeiro e que podem ser supridas em grande parte. Algumas obras estão para começar ou já começaram, como a revitalização do píer da Praça Mauá, parte do projeto Porto Maravilha, que custará 200 milhões de reais aproximadamente.
Entretanto, “não se afobe não”, cantou Chico Buarque. Logo na primeira semana como cidade olímpica, o Rio de Janeiro virou vidraça, após os problemas ocorridos no sistema de transportes, mais especificamente nos trens. Surgiram comentários relacionando estas falhas à impossibilidade do município receber um evento tão grandioso, que só acontecerá daqui a sete anos. Não é para ser tão radical. É preciso paciência.
Bem, os problemas já existiam antes. Não são de forma alguma inéditos – mas claro, nem por isso devem ser diminuídos. Porém, imaginar que, apenas com a eleição do Rio para os Jogos, o caos presente durante décadas seria resolvido num passe de mágica é ingenuidade. Quem utiliza esse argumento é porque ainda não engoliu a escolha da cidade. O mesmo vale para a grave questão da violência. Será uma batalha árdua, que demorará mais de sete anos para ser vencida.
A solução para os dois setores foi utilizada como uma das plataformas do projeto RIO 2016 - muitíssimo bem avaliado, inclusive. Portanto, ainda podemos acreditar numa cidade melhor no futuro. Sem otimismo exagerado, sem utopia. A chance é real. A gente tem que cobrar e ter paciência. Obviamente, não podemos relaxar. Temos de cumprir todas as propostas apresentadas no relatório entregue ao Comitê Olímpico Internacional (COI). Não por eles. Mas porque são promessas feitas ao carioca.
Se no Pan de 2007 nada foi feito, pouca coisa ou nada foi deixado de bom diretamente para a população, que ao menos a energia daqueles Jogos continue viva e sirva para fortalecer o Rio de Janeiro na luta para superar suas mazelas.
OBS: Revi esta semana a cerimônia de abertura do PAN. O Galvão praticamente profetizou os Jogos de 16 no Brasil. rs
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Eles são negros...
A internet sem dúvida, se já não é, será o principal meio de comunicação deste planeta. Meu pai nunca confiou nela, acha que essa coisa de emails e chats são balela... Mas eu graças a Deus faço parte da geração que assistiu o boom que ela provocou no mundo e as mudanças ocorridas desde então. Ela encurta distâncias, promove a troca de ideias, compartilha o conhecimento, promove debates.
Como sempre, estava com meu outlook aberto e dentre os milhares de mensagens com vagas de empregos e estágios, deparei-me com uma que me foi encaminhada por meu ex-supervisor onde trabalho, cujo o assunto, em letras maíusculas, chamava a atenção: "NEGRO, PQ SERÁ?". Uma crítica muito boa a um assunto polêmico no Brasil, mas que ainda nos convida a fazer a reflexão. O email dizia assim... [parece até meu avô falando... rs]
Como sempre, estava com meu outlook aberto e dentre os milhares de mensagens com vagas de empregos e estágios, deparei-me com uma que me foi encaminhada por meu ex-supervisor onde trabalho, cujo o assunto, em letras maíusculas, chamava a atenção: "NEGRO, PQ SERÁ?". Uma crítica muito boa a um assunto polêmico no Brasil, mas que ainda nos convida a fazer a reflexão. O email dizia assim... [parece até meu avô falando... rs]
"O político mais poderoso do mundo é negro...
E o líder da oposição (Partido Republicano) também...
A mulher mais rica e influente na mídia é negra.
O melhor jogador de golfe de todos os tempos é negro.
As melhores jogadoras de tênis do mundo também são negras.
O ator mais popular do mundo é negro.
O piloto mais veloz do mundo e atual campeão da Fórmula 1 é negro.
O mais inteligente astrofísico na face da terra é negro.
O mais próspero cirurgião cerebral do mundo é negro.
O homem mais rápido do mundo é negro.
Por quê no Brasil eles ainda precisam de cotas?"
Quem souber o nome das pessoas, por favor, enumere nos comentários. Deve ser na ordem correta e não vale colar do google (rs.)
[Ao som de "Fiesta Loca" - Desaparecidos]
[Ao som de "Fiesta Loca" - Desaparecidos]
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